Tipos de Varejo. Qual deles você conhece? Sobre Varejo
Atualmente inúmeros formatos de empresas e lojas compõem o segmento varejista. Cada modelo atende a um perfil de público específico… Essa variedade e miscigenação cultural expande as fronteiras comerciais e nos apresenta diversos tipos de varejo.
Antes de mais nada, podemos afirmar que conhecer o seu público alvo além das segmentações do mercado é essencial, tendo em vista que cada uma delas está associada a um propósito ou emoção/ circunstância.
Apesar de variado, os modelos e tipos de varejo poucas vezes disputam o mesmo consumidor. Salvo por algumas questões ou circunstâncias no qual a emoção envolvida está interligada.
Exemplos:
- Supermercado. A intenção de comprar em um supermercado, vêm atrelado com a ideia de encontrar variedade de produtos e marcas, além da flexibilização de preços, ofertas e formas de pagamento.
- Hipermercados. Expande a ideia de uma parada para várias compras. Afinal, nesse contexto você comprar e encontrar uma variedade de produtos que vão além dos essenciais encontrados e um supermercado, por exemplo: presentes, artigos para a casa, carro, lotéricas, confecção, entre outros.
- Lojas de conveniência. Desperta a ideia de exclusividade e compras por impulso, ressaltando o próprio nome, conveniência. Ali você não enfrenta fila e encontra produtos básicos que podem suprir uma necessidade recém estabelecida, imediata ou passageira.
- Mercado de bairro. Se diferencia principalmente pela localização (proximidade) e pelo contato direto com seus clientes. Pode oferecer e proporcionar a venda de produtos entendendo e identificando os seus hábitos, por exemplo: ítens de necessidade emergencial, produtos “frescos” de fabricação própria ou à granel (pães, hortifruti, carnes e perecíveis).
Por fim, podemos afirmar que existe um grande mercado para os diversos tipos de consumidor. Para se destacar é ideal que a empresa identifique o modelo do seu negócio e seu cliente.
Especialize-se no seu segmento, ofereça um serviço diferenciado e acima de tudo, conheça o seu cliente.
Vamos conhecer os tipos de varejo?
Além das distinções nos produtos que fornecem conforme mencionamos acima, existem diferenças estruturais entre os varejistas que influenciam suas estratégias e resultados.
Uma das razões pelas quais o setor de varejo é tão grande e poderoso é sua diversidade. Por exemplo, as lojas variam em tamanho, nos tipos de serviços que são prestados, na variedade de mercadorias que transportam e em suas estruturas de propriedade e gestão.
Essa diversidade em tamanho e receita se reflete na variedade de diferentes estruturas de propriedade e gestão, confira:
Lojas de departamento.
As lojas de departamentos são caracterizadas por sua ampla variedade de produtos. Ou seja, eles carregam muitos tipos diferentes de mercadorias, que podem incluir ferragens, roupas e eletrodomésticos.
Cada tipo de mercadoria é normalmente exibido em uma seção ou departamento diferente da loja.
A profundidade do mix de produtos depende da loja, mas a principal diferença das lojas de departamento é a capacidade de fornecer uma ampla gama de produtos em um único lugar. Por exemplo, as pessoas que fazem compras nas Pernambucanas ou as lojas Havan, podem comprar roupas para mulheres, homens e crianças, bem como utensílios domésticos, como pratos, malas, entre outros.
Cadeia de Lojas.
A década de 1920 viu a evolução do movimento das redes de lojas.
Como as redes eram grandes e desenvolvidas, assim se fazia também o investimento.
Com isso, podiam comprar uma grande quantidade e variedade de mercadorias com grandes descontos.
Os descontos eram reduzidos substancialmente comparados com os custos de varejistas de uma unidade (loja).
Como resultado, eles expandiam a marca, definindo preços de varejo mais baixos do que os de seus pequenos concorrentes e, assim, aumentavam a participação no mercado.
Além disso, as redes conseguiram atrair muitos clientes por causa de sua localização conveniente e variada. Possibilitada por seus recursos financeiros e experiência na seleção e escolha dos locais (estratégicos).
Atualmente podemos observar vários tipos de rede de lojas, padronizadas por todo um sistema, conceito, atendimento, logística e experiência (modelo) de compra.
Exemplo de uma cadeia de loja: Renner, Zara, Marisa, MC Donalds, Subway…
Supermercados
Os supermercados evoluíram nas décadas de 1920 e 1930. Por exemplo, Piggly Wiggly Food Stores, fundada por Clarence Saunders por volta de 1920, introduziu o self-service e balcões de checkout para clientes.
Os supermercados são grandes lojas de autoatendimento com caixas centrais e algumas com autosserviço, inclusive.
Eles carregam uma extensa linha de itens alimentícios e frequentemente produtos não alimentícios.
Um cliente médio visita uma loja menos de quatro vezes por semana, gastando um ticket-médio de aproximadamente R$40, por visita. (ABRAS 2020).
A abordagem completa dos supermercados para a distribuição de alimentos e produtos de limpeza e manutenção doméstica é: oferecer grandes sortimentos desses produtos em cada loja a um preço mínimo.
Varejistas de desconto
Varejistas de desconto, são caracterizados pelo foco no preço como seu principal apelo de vendas.
O sortimento de mercadorias geralmente é amplo, e incluem os mais diversos itens: Casa, cama, mesa, banho, decoração e até alimentos. Entretanto, marcas mais simples e populares.
As lojas tradicionalmente são grandes, com várias setores… muitas oferecem estacionamento gratuito e apresentam instalações relativamente simples.
Como exemplo, temos: desde as mais tradicionais lojas de R$1.99, empresas com mercadorias em preço fixo ou promoções constantes. No universo online, websites com oferta de cupons e descontos exclusivos.
Varejistas de armazém
Os varejistas em depósito fornecem uma experiência de compra básica a preços muito baixos.
Os varejistas de armazém otimizam todos os aspectos operacionais de seus negócios e repassam a economia de eficiência aos clientes.
Em síntese, são os varejistas que oferecem os produtos ao atacado. Eles maximizam o processo de produção, utilizam uma estrutura de preços de custo acrescido e disponibilizam a comercialização em grandes lotes.
Franquias
Um modelo de franquias é quando o proprietário adquire o direito de usar o modelo de negócios e a marca de uma empresa (terceira) por um determinado período de tempo.
Freqüentemente, o contrato da franquia inclui orientações bem definidas para o proprietário, como layout de loja, treinamento, tecnologia, sistema, experiência de venda e suporte contínuo.
O proprietário, ou o franqueado, constrói e administra o negócio local.
Shoppings e centros comerciais
Os shoppings e shopping centers são bem-sucedidos porque oferecem aos clientes uma ampla variedade de produtos em muitas lojas.
Se você quiser comprar um terno ou vestido, um shopping oferece muitas alternativas em um único local.
Os shoppings são centros maiores, normalmente têm uma ou mais lojas de departamentos como locatários principais.
Do mesmo modo, são uma cadeia comum de lojas ao longo das principais rotas de tráfego, enquanto locais isolados são locais independentes, não necessariamente em áreas de tráfego intenso.
As lojas em locais isolados devem usar algum apelo (promoção) ou algum outro aspecto em seu mix de marketing para atrair os compradores.
Já o shopping se beneficia da força de todos os lojistas como incentivo de um lugar atrativo, forte, e com diversidade comercial.
Varejo online
O varejo online é, sem dúvida, uma força dominante e em plena ascensão no setor varejista. Entretanto ainda hoje, corresponde por apenas uma porcentagem do total das vendas no segmento.
Empresas como Mercado Livre e Amazon concluem todas ou a maioria de suas vendas online.
Muitas outras vendas online resultam de vendas de varejistas tradicionais, como compras feitas no Magazine Luiza ou Casas Bahia.
Com isso, o marketing online desempenha um papel significativo na preparação dos compradores que fazem compras nas lojas.
Em uma abordagem integrada semelhante, catálogos são enviados para as casas/e-mails dos clientes como mala direta ou newsletter com o intuito de gerar leads e posteriormente visitas e pedidos (compras) online.
Catálogo de varejo
Antes de mais nada, os catálogos têm sido usados há muito tempo como um dispositivo de marketing para impulsionar as vendas por telefone, correspondência (mala direta), tabloide de ofertas ou catálogo das coleções nas lojas.
À medida que o varejo online começou a crescer, houve um impacto significativo nas vendas por catálogo.
Com isso, muitos varejistas que tinham como um canal de vendas o catálogo como a Riachuelo, Wrangler e Damyller, sofreram. O online afastou a influência estabelecida pelos famosos impressos.
As correspondências por catálogo atingiram o pico em 2009 e tiveram uma queda significativa até 2012.
Em 2013, houve um pequeno aumento nas correspondências por catálogo.
Os especialistas do setor observam que os catálogos estão mudando, assim como sua função no processo de marketing de varejo.
Entretanto, apesar do declínio significativo, muitas empresas ainda apostam nessa mídia. Uma forma de se diferenciar e aproximar todas os públicos, online e offline.
Varejo sem Loja ou Boca a Boca.
Nessa característica podemos enquadrar aquelas máquinas de venda automática onde você acrescentar o dinheiro e adquire entre os produtos expostos o que prefere.
Outro modelo são os carros customizados, que podem parar e oferecer uma variedade (quase uma loja) de produtos em seu interior. “É rosa e tem o formato de um caminhão de sorvete. Dentro, há uma ampla seleção de produtos de maquiagem e beleza”.
Além dos mencionados nas categorias acima, há uma ampla gama de abordagens de varejo tradicionais e inovadoras.
Embora boa parte da Avon tenha desaparecido ou perdido força no final do século passado, ainda existem vendas em casa de produtos diversos, como por exemplo: Lingeries, produtos faciais, roupas e as famosas vasilhas para casa e cozinha.
Muitos desses modelos são baseados na ideia do vendedor ou vendedora usando sua rede pessoal para vender produtos para seus amigos e os amigos deles, geralmente em um ambiente de cordialidade e confiança.
Do mesmo modo, quiosques de pontos de venda também são muito populares no varejo. Hoje, eles estão se tornando mais direcionados, como por exemplo: Empresas que vendem itens facilmente esquecidos – como pequenos dispositivos eletrônicos e itens de maquiagem – para viajantes em aeroportos.
Cada uma dessas abordagens de varejo pode ser personalizada para atender às necessidades do comprador-alvo ou combinada para abranger uma gama de necessidades.
Por fim, esperamos que tenham gostado do conteúdo, comente, compartilhe, deixe o seu recado.
Imagem: @mrsiraphol