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Comércio Varejista. Conheça a origem! – Sobre Varejo

Atualmente, muito tem se discutido sobre o comércio varejista, especialmente agora durante o isolamento social com as classificações de prioridade. E você? Conhece a origem do comércio varejista?


História do Comércio varejista.

Todos os dias, milhões de Brasileiros saem de casa para fazer compras, lotam as ruas das cidades.

Na busca por bons preços e produtos diferenciados, há quem prefira os shoppings e até mesmo a internet.

Comércio varejista

Entretanto, de um jeito ou de outro os consumidores movimentam um setor fundamental para gerar empregos no país. O comércio varejista.

O comércio varejista emprega cerca de 7.900.000 pessoas em todo o país. É quase 7 vezes a população de uma cidade como Campinas. Trabalhadores ocupam diversos setores, como por exemplo:

  • Supermercados.
  • Lojas de roupas.
  • Postos de gasolina.
  • Livrarias.
  • Lojas de decoração.
  • Lojas de materiais de construção.
  • Entre outros.

Se levarmos em consideração os números, cerca de 80% das empresas no Brasil estão classificadas no comércio varejista.

Do mesmo modo, se pensarmos em movimentos financeiros (considerando salários e receita aos funcionários), atingimos cerca de 60 bilhões por ano.

Segundo a economista Fernanda Rosa. “Isso cria oportunidades para o crescimento econômico, uma vez que há geração de renda”. Desta forma, apresenta-se como um grande motor para a economia.

Hoje em dia é possível que os pagamentos sejam realizados através de dinheiro, cartões de crédito e débito, ou até mesmo financiar uma compra. Entretanto, nem sempre foi assim…

Houve um tempo em que nem mesmo dinheiro existia.

 

Quando o comércio se tornou indispensável na vida das pessoas?

A princípio, quando o homem deixou de ser nômade e passou a cultivar a terra (cerca de 10.000 anos atrás), surgiu o escambo.

Do mesmo modo, com o domínio das técnicas agrícolas as comunidades passaram a produzir mais do que o necessário para seu consumo. Com isso, o que excedia era trocado com outras comunidades.

O escambo, nascia dali!

Você trocava um produto por outro, ou então um produto por serviço. Este é o primeiro tipo de troca que a comunidade (ou pessoas) experimentaram na história da humanidade.

Como o dinheiro ainda não existia, várias mercadorias foram usadas como moeda de troca ao longo do tempo, como por exemplo:

  • Sal
  • Acúcar
  • Metais preciosos
  • Gado

Especificamente o gado, era uma mercadoria bem aceita por todos. Alimento, força, facilidade de locomoção, entre outras possibilidades.

 

As primeiras moedas

No século VII a.c, a necessidade de possuir um dinheiro durável e fácil de transportar e manusear levou à invenção das primeiras moedas.

Isso inicialmente aconteceu no reino da Lídia, atualmente a Turquia.

Com o surgimento da moeda, as trocas comerciais foram muito facilitadas. Com isso, surgiam os povos comerciantes:

  • Fenícios, na antiguidade.
  • Povos da mesopotâmia.

Nesse período, esses povos percorriam o comércio na região, e posteriormente todo o mediterrâneo.

O comércio tornou-se cada vez mais importante. Na idade média por exemplo, foi impulsionado pelas grandes navegações e pelas rotas estabelecidas entre as cidades.

Para fazer negócios, os comerciantes percorriam grandes distâncias em caravelas. Quando chegavam aos seus destinos, ocupavam mercados, feiras e praças.

Naquele momento, Portugal e Espanha, foram os primeiros estados nacionais que surgem nesse período.

Não é por acaso que eles dão início as grandes navegações como estados independentes. Ambos bem estruturados, centralizados.

Eles tinham condições de capitalizar e organizar as finanças do reino para este novo “empreendimento”, até o descobrimento de novas terras e início de novos caminhos…

Consequentemente houve uma ampliação desse comércio para outros continentes, como por exemplo: América, Ásia, Africa…

E aí sim, o comércio passava a se tornar internacional (mundial).

 

O comércio do Brasil

No Brasil, o comércio se expandiu com a chegada da família real, em 1808.

Uma das medidas tomadas por Dom João VI nessa época, foi abrir os portos às nações amigas.

Mesmo como colônia de Portugal, o Brasil passou a fazer negócios diretamente com outros países.

Além disso, o movimento dos navios fez com que várias lojas se instalassem nas cidades portuárias, intensificando o comércio local.

Esse processo trouxe uma mudança muito grande para o Brasil. A princípio nos campos econômicos, políticos e acima de tudo, uma mudança comercial.

Essas pessoas (imigrantes) chegavam com hábitos de consumo diferentes. Necessidades e expectativas muito distintas, coisas que não haviam aqui no Brasil ainda. Como por exemplo:

  • Consumo de vela.
  • Barbante.
  • Pianos.
  • Papel de Parede.
  • Perfumes.
  • Talheres.

Todos esse tipos de comércio (comuns internacionalmente) naquela época ainda não haviam se instaurado por aqui. No entanto, aos poucos tudo começa a chegar por aqui.


 

As lojas do varejo

Até o século XIX não existiam lojas como conhecemos hoje. Os estabelecimentos comerciais costumavam ser pequenos e oferecer apenas alguns tipos de produtos.

Do mesmo modo, a maioria dos produtos era comercializada sem gramagem específica, apenas à granel.

Não existia muita diferenciação entre quem fabricava e quem vendia. Muitas vezes o próprio fabricante produzia e vendia o seu produto (muitas vezes no mesmo local de produção).

Com o tempo, esse processo foi se aprimorando e assim começam a surgir pequenas lojas especializadas (segmentadas).

Consequentemente, esses produtos começam a ser trazidos do seu depósito (ou área de produção) para a frente da loja.

Nessa ideologia, as pessoas começam a ter um contato mais próximo com o produto. Ainda sem uma intermediação direta do comerciante.

Dessa forma, há uma possibilidade inclusive de experimentar ou testar o produto antes de sua compra efetiva.

Posteriormente surgem as primeiras vitrines, as primeiras lojas com balcão…

No mesmo tempo, longe do Brasil, o século XIX trazia outras novidades para o mundo do comércio varejista…

 

As lojas de departamento

As lojas de departamento surgiram pela necessidade de fazer uma relação de comércio diferenciada com a que estava sendo praticada através das pequenas mercearias.

Não demorou muito para que a novidade chegasse a terra tupiniquim.

A vida econômica e social do Brasil também passava por transformações. A industrialização impulsionou o crescimento das cidades, especialmente em São Paulo.

Com isso, várias famílias aplicaram os lucros do café (artigo de luxo na época) na fabricação de produtos que antes eram importados.

Dessa forma, o comércio passava também a ocupar lugar de destaque.

Nessa mesma época nasciam as primeiras lojas de departamento no Brasil, como por exemplo: Casa Masson, Mappin, Casa Alemã… (primeiros exemplos das lojas de departamento no país). Todas refletiam o dado contexto daquele momento junto da economia.

 

O crescimento dos grandes centros urbanos.

Assim também, começam a chegar nas grandes metrópoles pessoas do campo, com a promessa de mais oportunidades, de crescimento e trabalho.

Com isso, desperta-se uma necessidade de oferecer mais produtos tendo em vista o crescimento populacional ao redor dos grandes centros.

Na mesma época os supermercados mudaram a forma de vender os alimentos. A primeira loja deste tipo (gênero) surgiu em Nova York, alinhando alto atendimento com preços baixos.

Na década de 50, os supermercados já tinham se espalhado pela Europa e pela América do Sul, inclusive no Brasil.

A primeira experiência de supermercado no Brasil foi através do supermercado “Sirva-se” na década de 50 em São Paulo.

Neste contexto, poucos produtos eram expostos… As pessoas podiam ir até as gôndolas escolher os produtos e levar para a casa, apenas com pouco intermédio de um balconista ou comerciante.

Aos poucos esse processo foi se aprimorando, foram agregados produtos de hortifruti, perecíveis (carnes)… Assim, esse processo foi crescendo.

Em poucos anos, o supermercado passou a ser o formato padrão de venda de alimentos.

Nos últimos 70 anos, o comércio no país passou por mudanças intensas. Experimentaram novos hábitos!

O tradicional comércio de rua perdeu espaço para os Shopping Centers.

Em síntese, até hoje o varejo vem se transformando. Incorporando rapidamente novas tecnologias. Lojas físicas também estão na internet fazendo o comércio online.

As pessoas passaram a ter mais acesso à tecnologias como por exemplo: computador, tablet, celular… isso estimula o acesso e o comércio, além é claro da facilidade!

Atualmente, o comércio não está apenas nos centros das cidades. Com isso, as grandes redes de distribuição e lojas fazem com que os produtos cheguem aos locais mais distantes e remotos.

 

O vendedor do varejo.

Hoje em dia, as lojas podem ser muito diferentes entre si: pequenas, enormes, com instalações simples ou luxuosas. Entretanto, há algo em comum à todas elas independente do espaço ou do requinte: o trabalho do vendedor.

O vendedor é quem estabelece uma relação direta com os clientes. Apresenta os produtos, suas vantagens e tudo o que a loja tem para oferecer.

Fechada a venda é também o vendedor quem atua para que o cliente volte aquele estabelecimento, um trabalho chamado de pós venda.

Mas quem pensa que o vendedor apenas vende, está enganado!

“Cuidar do estoque por exemplo é uma função importante. O produto tem em estoque? Não tem estoque?… Informar isso ao gerente da loja ou o responsável, no caso o estoquista.”

“Como está o meu concorrente? está em uma região próxima? Os preços praticados estão compatíveis?…”

“Qual a opinião dos clientes em relação ao mix de produtos? Sentem falta de alguma coisa, alguma dica ou sugestão?”

Vender envolve conhecimento, técnica e prática!

 

Qual o futuro do comércio varejista? Deixe aqui o seu comentário.

Por fim, espero que tenham gostado do nosso material. Um abraço de toda a equipe!

 

Imagem: @drobotdean


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