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Quais as tendências para o varejo após a pandemia?

O artigo de hoje traz uma análise sobre as mudanças no varejo, após a pandemia. O retorno das atividades e os efeitos aos estabelecimentos de diversos segmentos que compreendem o varejo.


Qual o cenário atual na pandemia?

Se pensarmos um pouco no varejo, podemos observar um cenário desolador, dessa forma, grande parte das empresas e indústrias no Brasil ainda permanecem fechadas.

Mesmo aquelas que voltaram a operar, ainda não constituíram a sua condição de produção pré pandemia e a tendência é que essa condição continue comprometida por um bom tempo.

O que acontece em relação ao varejo? Quais são as expectativas que nós temos e cenários para o varejo?

Nesse artigo vamos apresentar três aspectos importantes que devemos considerar, por exemplo:

Quais as tendências para o varejo após a pandemia

Primeiro aspecto: O poder de compra no consumo Brasileiro durante a pandemia diminuiu.

Estimativas apontam que 1 a cada 04 Brasileiros estão desempregados após a quarentena, entre as previsões mais otimistas apontam um a cada cinco Brasileiros.

Isso representa um índice de desemprego altíssimo, consequentemente quando observamos toda a cadeia de consumo, podemos notar que em todas as classes, o consumo e o poder de comprar foi afetado.

Quem está sendo afetado na pandemia?

Empreendedores e empresários, que tinham seus negócios (se enquadravam na classe média, com um maior poder de compra de produtos com valor agregado) estão sendo diretamente afetados, por isso milhares de negócios já foram fechados, e aos que permanecem com as empresas, deverão passar por um longo processo de ajuste e reestruturação, entretanto isso implicará diretamente no salário dos próprios proprietários dessas pequenas/médias empresas.

As deliberações do governo referentes à benefícios, contribuem para atender uma necessidade básica dos trabalhadores informais ou trabalhadores que perderam seus respectivos empregos.

A grande verdade é: O poder de compra diminui e consequentemente isso afeta a todo o consumo. Sobretudo o consumo de produtos e itens com alto valor agregado.

Segundo aspecto: Comportamental

Com os novos hábitos devido a pandemia, muitos consumidores observaram e entenderam o poder da internet e a familiarização com as compras através dela.

O varejo físico passa a ser diretamente afetado (salvo os supermercados e farmácias inicialmente) principalmente quando se observa concorrentes que possuem e-commerce responsivo e estruturado para as demandas, e mais do que isso: oferecem um preço mais competitivo e acessível.

Isso acontece porque? O custo (financeiro) da cadeia de vendas se torna menor. Existe o custo logístico, mas o custo físico não se aplica.

Por exemplo: Uma loja em um shopping. Considerando todos os gastos envolvidos (aluguel, condomínio, energia, telefone, internet, funcionários) comparando com a mesma loja integrada e com os mesmos itens (mix) apenas na internet (e-commerce), é fato que o custo diminui.


Ou seja, quando observamos toda essa transformação comportamental entendemos o quanto isso afeta os varejistas, eles por sua vez, passam a ter itens muito mais competitivos com os encontrados na loja física, consequentemente é possível imaginar problemas para quem depende exclusivamente de um único canal de vendas. Vale a pena insistir, o futuro ainda é, e vai ser sempre a internet.

Terceiro aspecto: Diminuição da circulação das pessoas.

Imaginemos por exemplo, em que no momento em que as pessoas voltem a circular, após o período da pandemia e isolamento social, essa liberdade de circulação não se torne o que exatamente o que estávamos acostumados no período pré pandemia, encontramos uma sociedade modificada.

Teremos todos os tipos de liberdade? Será que as pessoas vão se sentir seguras? O modelos de consumo como: shoppings, comércios e ambientes repleto de outras pessoas serão considerados apropriados?

Mesmo que isso logo aconteça, existirá um momento e uma fase de adaptação, ou seja: Não será do dia para a noite.

Os processos serão separados por fases pós isolamento, e isso exigirá um tempo de adaptação até que tenhamos efetivamente: Segurança sanitária em relação a toda situação que vivenciamos no ano de 2020.

Hoje podemos observar inclusive, lojas aplicando modelos de limitação e capacidade de pessoas, por isso implica em um menor fluxo de pessoas, limita o consumo e consequentemente um menor giro de vendas.

Não podemos deixar que considerar, o medo que aflige muitos dos Brasileiros, afinal, quem nunca deixou de comprar algum produto nesse período observando a fila ou um grupo de pessoas reunidas em um mesmo local?

As prioridades passam a ser locais mais seguros: Por exemplo: “Ah deixa pra lá, vou comprar outro dia.” Ou então: “Calma, eu vou ver se encontro na internet.”

Todo esse processo que estamos vivendo deixará algumas marcas: Dessa forma, medos, mudanças de comportamento e todo um trabalho psicológico para questionar os novos hábitos.

Ou seja: Se olharmos e analisarmos os três pilares, o poder de compra que diminuiu, o comportamento da sociedade e o medo de circulação entre as pessoas, podemos afirmar que isso afetará diretamente o segmento varejista.

O que pode ser feito para evitar os danos? A maior necessidade é no repensar. 

  • Repensar no modelo de negócio.
  • Os canais de vendas (físico e virtual).
  • Renegociar custos fixos para lojas.
  • Pensar na possibilidade de diminuir o mix de produtos para adequar a loja em um espaço mais condensado.
  • Priorizar e apostar em ambientes e vendas online.
  • Sites responsivos, plataformas adequadas.
  • Interação Redes Sociais.

O varejo vai precisar reaprender e ressignificar as coisas daqui para a frente. Muito estudo e muita análise!

 

Imagem: @sunnygb5

 

 

 


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