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O varejo do futuro: A reinvenção em tempos de crise

Antes de mais nada, não é segredo para ninguém que o Coronavírus (Covid-19) impactou a vida de todos no mundo inteiro. A proliferação acelerada do vírus, assim como seu potencial de mortalidade, exigiu medidas urgentes da sociedade e com isso, a necessidade de afastamento e isolamento social, assim como a quarentena. Da mesma forma, novas práticas de consumo e comportamento comercial motivaram um novo movimento: o varejo do futuro: A Reinvenção em tempos de crise.


varejo do futuro

Diversos são os impactos sofridos pela sociedade com o isolamento social; como indivíduos, sofremos com fatores financeiros, psicológicos e sociais. Mas assim como a população, o comércio também está passando por momentos difíceis, precisando de alternativas para se manter.

Segundo a Abrasce, o setor de Shopping Centers já perdeu cerca de 20 bilhões de reais em vendas desde o início da pandemia. Sem dúvidas, os demais setores varejistas sofreram impactos financeiros consideráveis também.

Mas ante a incerteza do cenário, sem existir um plano de retomada pré-estabelecido e sem saber quando a propagação do vírus estará controlada ou uma vacina, ou cura for encontrada, como o Varejo pode sobreviver?

O varejo do futuro: A Reinvenção! É o momento em que o empreendedorismo e as ideias inovadoras precisam ganhar espaço. Após mais de sessenta dias em isolamento social, o Varejo encontrou muitas formas de se manter e evitar falências e fechamentos. Abaixo, seguem algumas dessas soluções:

  • E-commerce

A principal solução que foi adotada por grande parte das empresas foi a migração para o E-commerce. E essa solução não está sendo adotada somente pelas empresas, é o principal meio que o cliente abraçou para não interromper seu consumo.

Segundo a ABComm, o crescimento do comércio eletrônico no país foi acelerado em até 30% desde o início da pandemia. Estima ainda que 80 mil novas lojas online tenham sido lançadas desde março e o número de pessoas com ao menos uma compra pela internet cresceu em um milhão.

 

  • Marketplace

Englobado também pelo E-commerce, o marketplace ganhou muito espaço neste período. Basicamente, consiste em anunciar seus produtos em sites de grandes empresas, seja por não ter uma plataforma própria ou para se valer do grande nome das empresas para alavancar suas vendas. Como as gigantes do e-commerce, podemos citar Amazon, B2W – sob as marcas Americanas.com, Submarino, Sou Barato e Shoptime – Magazine Luiza e Via Varejo.

Assim, as empresas que não possuem plataforma digital e/ou um marketing agressivo para impulsionar suas vendas, podem anunciar em sites com marcas já estabelecidas e reconhecidas pelo consumidor brasileiro.

 

  • Click and Collect

Outro viés do e-commerce e em crescimento antes mesmo da pandemia, o click and collect é a opção que o cliente tem de efetuar a compra pela internet e retirar na loja física. Diversos varejistas estão oferecendo essa opção, assim, o contato é mínimo e as normas de segurança e saúde podem ser cumpridas.


 

  • Drive Thru

Também não é uma novidade, principalmente no ramo alimentício, diversos fast foods funcionam com sistema de drive trhu, mas como forma de viabilizar vendas aos lojistas, reduzindo os prejuízos do fechamento dos centros comerciais, alguns Shopping Centers estão adotando esse formato. Consiste basicamente em uma forma de click and collect, a diferença é que a retirada dos produtos comprados online é feita no estacionamento do Shopping.

 

  • Delivery

Essa opção é que a tem sido mais utilizada por restaurantes, em geral, e comércios locais, artesãos, empreendedores individuais e pequenas empresas.

O cliente, adaptado a realizar a compra in loco, pode realizar seus pedidos através de diversos canais: telefone, whatsapp, e-mail e até mesmo através de empresas delivery especializadas, como Rappi e IFOOD.

Com a obrigatoriedade de fechamento de bares e restaurantes, sem dúvidas, esse foi um dos setores que mais sofreu com a pandemia. Segundo a Abrasel, estima-se que 10% dos negócios voltados à alimentação foram fechados de forma definitiva e mais de 15% dos trabalhadores desse setor foram demitidos, o que em números, representa quase um milhão de desempregados.

Assim, por mais que o delivery não seja a solução perfeita, essa foi a principal medida tomada para que o estabelecimento consiga subsistir, mantendo pelo menos, em média, metade de seu faturamento usual.

Mas não só restaurantes sobrevivem do delivery: farmácias, padarias, lojas de utilidades, material de construção e reparos, tintas e afins também veem nessa opção a porta para acessar aqueles consumidores que estão de fato cumprindo com o isolamento.

 

Conclusão

Assim, o Varejo diariamente, busca alternativas para manter o fomento ao consumo, por exemplo:

  • Caso o cliente não possa sair de casa, disponibilize a entrega em casa.
  • Se ele não pode ir à loja escolher um produto, disponibilize catálogos, anúncios e fotos.
  • Do mesmo modo, se ele não quer esperar o prazo de entrega de um e-commerce tradicional, pode receber pelo delivery local.

Todos os percalços criados pela pandemia estão sendo revertidos para que o consumo não seja prejudicado e por consequência, o varejo mantenha suas vendas.

De certo, nada substitui o apelo presencial. Entrar numa loja, ver os produtos, escolher, experimentar – quando o caso – comprar, são ações que o ser humano social foi educado, desde a revolução industrial, a sentir prazer em fazer. Mas dentro do que é possível e do cenário de distanciamento social, as soluções inovadoras e criativas ganharam espaço e adeptos.

 

Imagem: @sitthiphong

Artigo: Por Tatiana Sabino.

Advogada do MLA – Miranda Lima Advogados, pós graduada em Direito Processual Civil.


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