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Como a quarentena interfere no comportamento do consumidor?

Uma transformação tem acontecido na vida das pessoas de todo o mundo devido a nova pandemia, o Covid 19. Novos hábitos, comportamentos, atitudes. O que nos resta é uma dúvida: Qual o comportamento da sociedade será empregada após esse cenário de quarentena?


A princípio, diante de tanta mudança temos nos acostumado com o novo normal, uma vida mais reflexiva, ponderada, e digamos isolada do restante da sociedade. Uma quarentena forçada em prol da segurança e saúde, respeitando os princípios dos órgãos mundiais em segurança e saúde.

Dessa forma esse novo normal, não é tão inédito assim: ele tem o intuito de indicar algum hábitos que podem ser ou parecer passageiros, mas não são.

O novos comportamentos após a quarentena

De ante mão, o que para a maioria das pessoas eram atitudes comuns, extremamente corriqueiras e espontâneas, passou para um cenário mais tenso e programado. Atualmente, até uma simples ida ao supermercado ou farmácia podem parecer tarefas preocupantes.

Como agir? Onde tocar? Como devo me comportar? Qual o nível de limpeza e preocupação dos os itens de alimentos que compramos?

Essas são só algumas de muitas dúvidas que temos com esse novo cenário a nível mundial.

Os estudos e comportamentos

Muitos estudos vêm sendo realizados justamente para entender esse novo comportamento moderno.

Esse novo momento tem sido tema central de várias frentes de estudo, entretanto o surgimento de muitos hábitos que podem ir além da pandemia.

Uma nova organização pessoal e social diferente de tudo o que já vimos ou tínhamos como referência. Dessa forma a relevância e protagonismo do e-commerce faz frente a esse novo modelo.

Canais Online e sua relevância na Quarentena

Muitos entendiam e viam nesse novo canal (online) o futuro do consumo, muitos se adiantaram e se estruturaram adequadamente para esse momento (plataformas funcionais, responsivas, processos totalmente alinhados), mas muitos tiveram que percorrer um caminho e planejamento de anos em apenas meses ou semanas, e não estamos dizendo de compras de produtos supérfluos sem necessidade direta de consumo, estamos falando de itens básicos na topo da cadeia de consumo, como alimentos.

Muitos consumidores inclusive, realizaram nesse momento a sua primeira compra desses produtos através do varejo on-line. Enquanto muitos tiveram e afirmaram ter uma experiência de compras positivas, outros começaram e ao que tudo indica continuarão conectados após a crise. Definitivamente foi aberta uma nova porta, um canal que conecta todos os serviços e produtos, desde compras de ítens essenciais e de primeira escala, até vídeos, cursos, treinamentos, poadcast, streaming, com diversos objetivos.

Qual a conclusão?

A principal conclusão de toda essa transformação é justamente o desconhecido, ainda é cedo e muito difícil de fazer previsões, é necessário tentar mensurar o alcance que esse novo momento está trazendo, conectando novos modos e hábitos no suprimento dos antigos, o que não podemos negar é apenas a grande ascensão da comunicação e do consumo através dos meios e veículos digitais.

Entre o primeiro caso de Covid-19 no Brasil, no início de Fevereiro e o “boom” na busca de produtos essenciais e alimentícios nas gôndolas dos supermercados. Nesse período, foi notória a busca e adequação das possibilidades dos canais de compra no abastecimento da famílias.

Posteriormente esse processo teve um super aquecimento e foi levado como prioridade, diminuindo inclusive a compra e o comércio de itens considerados supérfluos para o consumo e o momento.

Entretanto hoje, o cenário vem mudando, e já é possível sentir que, ao adaptar à rotina, os consumidores vão em busca e ao encontro de entretenimento, diversão, adequação e uma busca incessante da não-rotina.

As primeiras experiências devido a quarentena:

O novo cenário trouxe aos consumidores, um cardápio de possibilidades na palma da mão, e muitos se deram a oportunidade de experimentar esse gosto de tecnologia, testando e avaliando as novas e necessárias experiências.


  • 17% dos consumidores experimentaram a experiência de comprar alimentos e bebidas pela primeira vez.
  • 15% dos consumidores experimentaram a experiência de comprar remédios sem prescrição.
  • 12% dos consumidores experimentaram a experiência de comprar cosméticos e produtos de higiene pessoal.
  • 12% dos consumidores experimentaram a experiência de comprar serviços (seguros, telecom).
  • 8% dos consumidores experimentaram a experiência de comprar roupas e acessórios.
  • 8% dos consumidores experimentaram a experiência de comprar eletrônicos (tv, celular)…

Fonte: Kantar COVID-19 Barometer

O moderno consumidor digital.

Jacques Meir, diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão, diz que o consumidor acredita apenas na tecnologia com o celular como uma alternativa e não como uma necessidade.

Porém como o novo cenário entretanto, passou a acreditar e experimentar todas as funcionalidades que o dispositivo pode proporcionar no meio digital.

“Eu acredito que, uma vez que vivenciaram essa experiência, posteriormente em larga escala não vão querer voltar atrás”, diz.

Os vídeos e o entretenimiento

Do mesmo modo, um canal que passou por grande transformação e atingiu um grande alcance foram os vídeos, ultrapassando inclusive o consumo da televisão.

Segundo Valkiria Garré, CEO da Kantar Insights, esse dado é um forte sinal e representação de como o consumidor está buscando e desbravando novas alternativas para um amadurecimento sadio a partir dessa transformação.

“Ele vai pensar duas vezes antes de compras, considerando dessa forma novas alternativas que conheceu neste momento, e vai se lembrar de empresas que estiveram ao lado dele nesse processo”.

Outro que também opina e deixa a sua opinião sobre esse assunto é Fernando Taveiros Boscolo, Country Manager da Privália, para ele de fato, o digital impulsiona e desenvolve o amadurecimento do consumidor.

“Com o tempo, esse consumidor tende a não separar mais as compras entre on-line e off-line, diz. “Ele vai comprar um produto e escolher a forma mais confortável em cada situação”.

Em conclusão, ele também exemplifica que, na Privália, o que antes era o ponto forte como roupas, passaram a ficar em segundo plano, perdendo dessa forma lugar para produtos de casa: Alimentos e bebidas premium.

Novos valores após a quarentena.

Atualmente, vivendo na quarentena e isolados da sociedade, somos forçados a nos adaptar aos diferentes hábitos e aceitar novos valores.

A questão porém, será o equilíbrio posteriormente entre o que já existia como comportamento comum e natural, para todas as descobertas que aconteceram e existiram durante a pandemia.

Por exemplo: Todo o cenário de tecnologia e novas necessidades que se fizeram presentes nesse contexto.

Dessa forma, toda transformação no comportamento e nas atitudes. Muitas marcas serão lembradas inclusive pelo suporte e assistência oferecida durante esse conturbado período.

O que esperar dos consumidores?

Atualmente os consumidores esperam atitudes que colaborem e contribuam para o dia a dia.

Esse insight sempre foi uma tendência e uma ação muito sensitiva e positiva entre as empresas, mas agora ganha um peso extra; além de uma oportunidade de mercado.

Passa a ser essencial para o reconhecimento de marca que contribui para o presente, por exemplo:

Doações, campanhas de saúde e conscientização passam a ser questões centrais, segundo Boscolo.

“Sempre fizemos ações sociais, não é algo ligado especialmente à pandemia”.

Além disso ele também ressalta a importância de apoiar e contribuir com marcas e comércios locais que tendem a sofrer mais com essa crise.

Enfim, Valkiria finaliza dizendo que: “Marcas que se destacam atualmente têm processos que contribuem com a sociedade atual e que estão alinhados e de acordo com seus valores e práticas internas”.

Já Boscolo finaliza e afirma que uma sociedade quando possui mais consciência e informação, provoca uma busca cada vez maior dos consumidores pelos apoios e valores das empresas.

 

Fonte: Consumidor Moderno.

Imagem: @drobotdean


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